segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Vamos imaginar que aí pelos vinte anos tu pudesses optar entre viver até os 100 ou só metade, até os 50. Se tu optasses viver até os 100, terias que seguir uma dieta saudável, com muitas verduras e frutas, nada de excessos, pouca carne, quase nada de álcool, fumar está fora de cogitação, nada de drogas também, dormir cedo, casar, ter filhos, seguir uma vida religiosa, participar como voluntário em alguma instituição de caridade, ir trabalhar de bicicleta e economizar uns 20% de tudo que ganhas para guardar para a velhice. Mas se tu optasses pelos 50 podias viver à vontade, comer tudo que te agrada, churrasco, sorvete, chocolate, fandangos, beber até ficar alegre, virar a noite nas baladas, trocar de parceiro sexual a toda hora, dormir até tarde, experimentar drogas, nem pensar em carreira, gastar tudo que ganha com prazeres mundanos, comprar um carrão, sair com os amigos para fuzarca. Nas duas opções, o resultado final é o mesmo, a morte. Mas as duas opções carregam consequências boas e ruins, as vezes conflitantes. Quem optasse viver até os 100 teria o dobro de tempo para usufruir a vida, tranquila e serena. Mas, provavelmente, assistiria muito de seus amigos morrerem, talvez até o cônjuge ou algum filho, aqueles todos que optaram pelos 50. No fim da vida começaria a sofrer limitações físicas de toda espécie, artroses, reumatismo, falta de libído, talvez até doenças no cérebro, como alzheimer. Quem escolheu a jornada breve, terá menos tempo de convívio com os seus, mas talvez seja mais intenso e alegre. Morrerá no auge de suas faculdades mentais e ainda com um corpo ativo e funcional. Será que é bom viver tanto tempo? Uma vida curta não será um desperdício? Será que é bom preocupar-se tanto em juntar dinheiro? Será que é bom não ser prudente? Quem tem alguma dúvida deve visitar um asilo de idosos e conversar com eles, ver do que se arrependem. Pena não se poder conversar com quem escolheu arregaçar a vida e sair de cena rápido. Alguém pode estar pensando em fazer um meio termo: 75! Nesse meu experimento imaginário de hoje isso não está em pauta, mas tu fiques a vontade para imaginar o que quiseres depois. Quero que penses assim: nos dois casos a morte é certa. Até hoje ninguém sobreviveu a vida! Mais cedo ou mais tarde todo mundo vai virar pum de bactéria. Vida faz mal para a saúde! Mas, observe, todo mundo que está lendo esse texto está usufruindo dela. Reflita sobre como tem vivido, sobre o que é importante para ti!! Esqueça os outros, só tu te conhece e sabe o que é importante para ti. Aproveite o tempo que está por aqui porque ele acaba rápido e não tem replay.