domingo, 25 de dezembro de 2016

Através de cuidadosa pesquisa antropológica, assim como rigorosa investigação arqueológica e paleontológica, ajudada por peritos policiais, médicos legistas, historiadores, eruditos religiosos e biólogos especialistas em DNA, todos examinando registros históricos e diversas ossadas de homens da época de Jesus na região da palestina, chegaram a conclusão que Jesus teria uma aparência semelhante a imagem da esquerda através de reconstrução computadorizada. Mas, como quem conta um conto acrescenta um ponto, nas publicações atuais, Jesus aparece como o da direita. Tirando as paixões da fé um pouco de lado e analisando friamente através da razão a situação, fica difícil aceitar que num local onde só havia negros de nariz batata, queixo largo, olhos castanhos e curtos cabelos crespos, houvesse um homem branco, de olhos azuis, de longos e ondulados cabelos loiros, rosto e nariz fininhos. Não tinham inventado os aviões ainda. Assim como sua aparência foi se deformando ao longo do tempo, sua boa nova (evangelho) também. Os palestinos judeus eram oprimidos pelos invasores romanos que exigiam altos impostos para “proteger” o povo. Os judeus não tinham como lutar com armas, era como se o exército do Uruguai quisesse entrar em guerra com o dos Estados Unidos, ridículo. Jesus elaborou uma estratégia de luta, a vitória viria não através do ódio e das armas, mas sim através do amor, do pacifismo e da divisão dos bens e alimentos. Assim, todo mundo teria vida e vida em abundância. Jesus inventou o comunismo. A boa nova era essa: o amor venceria o ódio, a solidariedade venceria a mesquinhez, a colaboração e a compreensão venceriam a competição e o conflito. A justiça social seria mais importante que a liberdade individual. Que pena que ao longo da história, em vez de vender tudo, dar aos pobres e seguí-lo, orientação que Jesus deu a um jovem rico que pediu aconselhamento, a distorção foi tamanha que se entendeu algo como: construam templos grandes, com sinos em altas torres, cada um salve o seu e venha uma vez por semana, com suas melhores roupas, dar uns pilas para quem estiver pregando e saia achando que fez bem. Ser cristão, seguir o que Cristo falou é difícil e ele alertava, não exatamente com essas palavras, em Mateus 10: eu não vim para trazer a paz, vim para trazer a espada e quem fizer o que oriento vai arrumar encrenca até em casa e pouca gente vai conseguir! Jesus era um revolucionário radicalmente não violento, andava com os pobres, prostitutas e ladrões e os defendia, era contra o acúmulo de riquezas e a pena de morte, mas, ponha dois mil anos entre uma coisa e outra e negro vira branco e “amai o próximo como a ti mesmo” vira “bandido bom é bandido morto”.