quinta-feira, 23 de abril de 2020

“Ame seu próximo como a ti mesmo”. (Mateus 22, 39).
“Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem. E quem tiver comida, faça a mesma coisa”. (Lucas 3,11).
Quem é cristão sabe: Jesus pregava a fraternidade. Queria que todos cuidassem de todos, numa sociedade de amor e solidariedade, é isso que fraternidade quer dizer. Não somos tartarugas, que largam seus ovos na praia e vão embora. Somos seres humanos, muitos de nós precisam de cuidados para sobreviver: Os muito jovens, os muito velhos, os doentes, os incapazes. Todos merecem ser tratados como irmãos. Jesus também falava em igualdade. Dizia que somos todos iguais perante Deus e que somos amados igualmente por ele. Ninguém deveria ter privilégios, todos deveríamos ter os mesmo direitos, independente da cor da pele, do lugar onde nasceu, da religião que tem. E, por fim, Jesus falava em liberdade. Ninguém deveria ser escravo de ninguém e deveríamos ser livres para professar nossa fé, expressar nossa opinião, trabalhar com o que quisesse.
 As ideias de Jesus eram tão revolucionárias na época que logo o mataram para que calasse. Os poderosos não queriam que os pobres ouvissem aquilo. Ainda hoje não querem. Aqui na República Federativa do Brasil essas palavras de Jesus estão até na constituição, mas porque então ainda temos pobres? É difícil de entender, assim como tem o povo de Deus, que quer dividir o pão, tem ainda alguns mesquinhos que acham que isso não seria justo.  Mas o amor é mais forte: liberdade, fraternidade e igualdade são os lemas das repúblicas mais desenvolvidas e estamos caminhando nessa direção, “a passos de formiguinha e sem vontade”, como diria Lulu Santos.
A doença Covid-19 causada pelo novo vírus corona, talvez seja uma ajudinha divina para a humanidade compreender, na marra, as lições do Cristo. A distribuição de renda para quem não pode trabalhar agora é uma vitória do amor. Ainda que pequena, vai ajudar. O Brasil não tem dinheiro, quem tem dinheiro é o povo brasileiro. O povo é riquíssimo, mas sempre tem uns mesquinhos na liderança que não querem dividir o pão. Quando o bolsa família foi criado pelo governo Lula, os ricos se enfureceram. Há até quem seja contra a gratuidade do SUS. Mas o amor vai vencer. Devemos ampliar a distribuição de riquezas, porque “é mais fácil um camelo passar por um buraco de agulha do que um rico entrar no reino dos céus”.

3 comentários:

  1. Difícil dar sem cobrar.
    Complicado entender que não é doar o que não se quer, mas sim dividir o necessário... depois do vírus não seremos mais os mesmos.

    ResponderExcluir
  2. Acredito que vai demorar para a sociedade mudar, a quarentena não vai fazer a maioria mudar....precisam passar por vários "episódios"...e mesmo assim alguns não mudarão.

    ResponderExcluir
  3. Sou pessimista quanto a mudança de pensamento das pessoas. Duvido que a humanidade progrida tão rapidamente, principalmente pq já está na nossa cultura...." Não compartilhe", seja esperto "tire vantagem do outro", "seja o melhor não importando o preço"...

    ResponderExcluir