quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Bicicletas e automóveis


            O transporte urbano individual nas grandes cidades brasileiras é obviamente baseado no automóvel. Este fato é muito intrigante, já que o automóvel apresenta uma série de inconvenientes na atual conjuntura socio-econômica-ambiental mundial. Existe também uma saturação estupenda do modelo, quase ao ponto da paralisação. A situação é paradoxal, já que a intenção é o deslocamento. Ao mesmo tempo, surpreende o total desprezo pela bicicleta como uma alternativa modal, já que, esta sim, é muito mais apropriada as atuais exigências urbanas. Este texto tem por intenção fazer um comparativo entre estes dois modos de deslocamento urbano individual, levantando questões relativas as motivações que levam as pessoas a escolherem este ou aquele modo de transporte.
  
A comparação entre bicicletas e automóveis já é secular. Desde o final do século XIX que se tem claro as vantagens energéticas da bicicleta sobre o automóvel. Desperdício de energia é, sem dúvida, o ponto mais gritante de inadequação do automóvel à atual situação mundial de busca de sustentabilidade. A combinação ciclista/bicicleta chega a ser 100 vezes mais econômica energeticamente do que a combinação motorista/carro na relação pessoa/quilometro e é 5 vezes mais econômica até mesmo que a pessoa se deslocando a pé. No processo de fabricação também se evidencia a esmagadora vantagem da bicicleta sobre os automóveis. Enquanto os carros precisam de no mínimo 900 kg de material para serem construídos, a bicicleta não chega a consumir 15 kg. Naturalmente todo material tem que ser extraído do meio, beneficiado, processado, moldado, acabado, montado e embalado. Todas estas etapas exigem um enorme aporte energético, quanto maior a quantidade de material maior o desperdício de energia. Ao se estudar o fluxo de energia numa cidade precisamos atentar para o seu bom uso e melhor aproveitamento, além de sua conservação. O automóvel desperdiça cerca de 60% da energia química liberada pela gasolina em aquecimento do meio, somente os 40% restantes são realmente transformados em energia cinética. Se considerarmos ainda que 90% desta energia aproveitada para o movimento é para transportar o próprio carro, não a pessoa, o desperdício é ainda mais escandalosamente perdulário. Bem ao contrário, a bicicleta chega a aproveitar 98,4% da energia que o ciclista nela deposita. Mesmo se o automóvel evoluir para outros motores e fontes energéticas, sempre precisará levar de um lado ao outro toda massa do carro e assim será sempre esbanjador.

Toda cidade ocupa parte de sua área urbana para o transporte: vias, estacionamentos, garagens, lojas e oficinas de veículos. A enorme diferença entre as cidades em que o deslocamento urbano é baseado no automóvel (até 40% da área urbana ocupada para o transporte) e naquelas em que a bicicleta é a opção primeira (até 5%), demonstra claramente um desperdício espetacular de espaço urbano que poderia estar sendo usado para outras funções além do transporte. Todas as soluções urbanas tem que ser pensadas para cumprir mais de uma função e as vias automobilísticas só tem uma função além de causar uma série de diferentes problemas como a impermeabilização e compactação do solo.

            O automóvel é um dos maiores culpados pelo aquecimento urbano. O necessário resfriamento do motor de combustão interna desperdiça na forma de calor a maior parte da energia liberada pelo combustível, como já foi dito. Os freios automobilísticos também funcionam através da troca da energia cinética pela energia térmica no aquecimento pelo atrito dos discos e tambores de freio. Nas cidades quentes, o ar condicionado dos veículos automotores particulares também contribuem significativamente para aumentar o calor do meio urbano. Até mesmo os pneus, ao se atritarem com o solo provocam aquecimento, quanto mais aderência, mais atrito e calor. As próprias vias automobilísticas funcionam como condutoras e refletoras de calor, além de necessitarem de drenagem constante, assim elas conduzem a água das chuvas para os esgotos pluviais impedindo que haja evaporação. Além de tudo as partículas sólidas resultantes da queima dos combustíveis fósseis ficam suspensas no ar e ajudam na formação de uma ilha urbana de calor. A bicicleta não aquece o meio e suas vias não necessitam de compactação profunda e nem mesmo cobertura, preservando sua permeabilidade.

          O preço inicial de uma bicicleta é cem vezes menor que um carro popular. A manutenção de um mecanismo tão simples como a bicicleta, com pouquíssimas peças móveis, é muito menor que o de uma máquina complexa como um automóvel. Os acidentes envolvendo bicicletas são sem gravidade – devido a pouca velocidade e o baixo peso dos veículos – para as pessoas, significando menor tempo de internação, além das quase nulas conseqüências materiais. O ciclista urbano desenvolve uma aptidão física muito boa, resultando numa maior qualidade de vida, muito menos necessidade de hospitalização por problemas causados pela inatividade física na terceira idade e uma maior e mais produtiva longevidade dos indivíduos idosos. As ciclovias são muito mais estreitas e menos espessas que as rodovias, significando muito menos gastos na implantação de novas vias. A bicicleta não consome combustíveis ou energia elétrica. Cerca de 25% da energia consumida pelas cidades é na área dos transportes, é fácil a percepção da economia em divisas públicas para a união se uma maior porcentagem de pessoas trocassem um veículo pelo outro. Nem um centavo a mais no PIB do Brasil seria criado com o maior uso das bicicletas, ao contrário, talvez até diminuísse com a diminuição da produção de automóveis. Mas a diminuição brutal de recursos com transportes, saúde e na solução de problemas sociais e ambientais, traria uma melhora significativa na qualidade de vida da população. Devido a ação das endorfinas liberadas no cérebro pelo exercício físico, o aumento na produção da população economicamente ativa e das crianças adolescentes em idade escolar seria perceptível. Mas, acima de tudo, os custos ambientais do uso do automóvel, ainda ignorados, que até podem levar a extinção da nossa espécie, seriam evitados.

         Existe um novo paradigma de saúde que determina que as pessoas devam exercer atividades físicas moderadas, sistemáticas freqüentes para obter uma maior longevidade e uma melhor qualidade de vida. O deslocamento sistemático de um lugar para outro é uma atividade natural e diária da grande maioria dos indivíduos. A bicicleta é um veículo que integra deslocamento com atividade física moderada e lúdica. A adesão aos programas de atividade física é maior se eles forem lúdicos e moderados. O uso da bicicleta como transporte é um hábito que pode ser ensinado desde a infância a ser sistemático e freqüente. Os hábitos mais enraizados na mente e que são cultivados para o resto da vida são aqueles aprendidos durante a infância, são os hábitos culturais. Além de tudo, o usuário cotidiano da bicicleta desenvolve uma série de características benéficas a sua saúde: Desenvolve o sistema cardiovascular; desenvolve o sistema respiratório; disciplina o sistema digestivo, equalizando o peso; desenvolve a musculatura esquelética de todo o corpo; desenvolve resistências psíquicas as dificuldades pois enfrenta os elementos da natureza; tonifica as articulações sem agredi-las; combate as sensações de angústia, ansiedade e depressão; tem a sensação de liberdade, relaxamento e euforia (liberação de endorfinas); aumenta sua auto-estima; aumenta sua sociabilização.

          Chega a ser revoltante os males causados à saúde pelo automóvel. Além das milhares de mortes e mutilações que provoca anualmente com os acidentes inerentes ao sistema, os carros ainda são responsáveis por muitas mortes e internações devido a poluição que geram. As partículas sólidas suspensas no ar provocam inúmeras doenças relacionadas ao sistema respiratório, inclusive câncer. O motorista das grandes cidade brasileiras é sempre uma pessoa estressada. E não o é sem razão, o trânsito exige que a pessoa ande com grande parte de seu patrimônio, para lá e para cá, numa dinâmica e imprevisível roleta, que apesar de suas muitas regras, é falível, ou seja, ameaça a integridade física do condutor e dos transeuntes ao redor. O estresse gerado pelo trânsito é tanto que pode causar problemas de sono, depressão, ansiedade e neuroses diversas. Mas o mais sutil e perverso mal causado pelo automóvel são as doenças relacionadas a degeneração hipocinética. Assim que a pessoa adquire um carro, dificilmente ela volta a fazer a mais simples e natural das atividades físicas humanas: a caminhada. Obesidade, hipertensão, diabetes, problemas circulatórios como tromboses, infartos, isquemias, acidentes vasculares cerebrais, e muitos outros, são exemplos do que pode ocorrer ao motorista que vê no carro a solução para o desconforto do esforço físico.

            Ecologicamente falando, o automóvel moderno, nas proporções em que se encontra, é patético. Não tem nada de sustentável, é pouco reciclável, desequilibra todo o ecossistema por onde circula. E mesmo em áreas onde não circula, mas os recursos naturais necessários a sua existência são extraídos e seus resíduos depositados, seus tentáculos perversos se fazem sentir. No tamanho atual, o abalo provocado no meio ambiente pelos carros é global. Já a bicicleta tem um impacto muito menor. É sustentável e se integra ao meio sem agredi-lo. As propostas urbanas tem que cumprir mais de uma função. O maior uso da bicicleta tem uma infinidade de funções: descongestiona a cidade, diminui a área destinada aos transportes, diminui o ruído, diminui a poluição, melhora a qualidade de vida dos indivíduos, diminui a diferença social, diminui o gasto energético, diminui os acidentes, diminui as internações por doenças relacionadas a inatividade, enfim, é um veículo que respeita muito mais o ecossistema em que esta inserido. 

            O automóvel é causa e efeito da diferença social. O sistema de transporte das grandes cidade brasileiras é todo baseado no carro particular. Assim sendo, toda a cidade foi espraiada numa escala automobilística. Os equipamentos urbanos são distantes uns dos outros e as vias de acesso dão prioridade aos automóveis. Deste modo, se a pessoa não tem carro próprio, simplesmente não usa o sistema, sofre o sistema. Sem acesso à rápida locomoção, as pessoas que não tem condições de adquirir um veículo ficam marginalizadas dos processos produtivos e afastadas das melhores oportunidades de crescimento pessoal. Assim, o circulo vicioso perverso de exclusão social se fecha: os excluídos não conseguem comprar um carro e participar da cidade, serem cidadãos plenos. Os incluídos, claro, não querem que seus privilégios diminuam em nenhum aspecto. A perpetuação desta situação imoral se torna inevitável.
  
            Depois de todo o exposto, do absurdo que é o automóvel nas cidades atuais, fica fácil imaginar uma cidade sem automóveis. Esta cidade, ainda fictícia, seria sem ruído, sem fumaça e poluição, muito mais fresca e cheia de espaços livres verdes. O solo seria permeável permitindo que a vida florescesse e absorvesse a energia solar. Toda uma nova cultura e um novo modo de vida surgiriam. Os indivíduos se deslocariam pouco, devido as facilidades tecnológicas, sempre a pé ou de bicicleta. Sem o estresse do deslocamento e com a atividade física mais presente no cotidiano dos indivíduos, as vidas teriam uma qualidade muito maior. A socialização da proximidade física diminuiria a diferença social e aumentaria a eqüidade de chances e solidariedade entre os indivíduos. O transporte de cargas seria feito em carroças de tração animal ou humana. Sem dúvida, sem os automóveis nas cidades a humanidade ficaria muito mais humana (espécie orgânica como outra qualquer) e viveria em mais harmonia com o meio.
  
         O curioso, diante de tantos problemas gerados diretamente pelo automóvel, é o porque de não se investir mais em outras formas de deslocamento. Visto que a tecnologia para se construir bicicletas já é conhecida tanto quanto a para se fazer automóveis, é de se perguntar qual o impedimento afinal? Esta resposta é complexa, como o são todos os problemas pós-modernos. Certamente os brasileiros de grandes metrópoles não escolhem o carro por ser o modo mais barato. Tampouco o fazem por ser o modo mais rápido no meio urbano, visto que não o é. Talvez fossem as grandes distâncias dos trajetos urbanos, mas também não: a média de distância dos deslocamentos urbanos numa cidade grande como Porto Alegre é de 2,3 km e isto pode ser percorrido em seis minutos de bicicleta. Poderia se suspeitar da ignorância da existência da opção, o que também não se verifica nem entre as crianças. Uma rejeição social muito enraizada talvez, então, seria o empecilho maior, mas não, também não é isto: a bicicleta é querida pela maioria. Acreditamos que conseguimos levantar as principais motivações que levam o indivíduo urbano brasileiro a desejar tão profundamente o automóvel, a ponto de admitir até um grande endividamento para que possa obter seu objeto de desejo. São as seguintes:
           
Uma das razões mais conhecidas pela comunidade científica e ao mesmo tempo mais ignoradas pelo senso comum é a projeção erótica que os indivíduos imputam aos automóveis. O mais básico dos instintos eróticos é a vaidade, gostamos de nos sentir admirados e desejados, sentimos prazer com isso. O automóvel é uma poderosa arma para que esta admiração e desejo se tornem realidade. Aqueles que o possuem detém um apelo sexual muito maior do que outros indivíduos. É como se o próprio corpo do indivíduo tivesse aumentado e se tornado muito mais forte, rápido e poderoso. Eduardo Galeano comenta muito bem este segundo corpo metálico. Ele lembra que, ao contrário do corpo de carne, o corpo carro não perde a potência com o decorrer dos anos, pode ser trocado por um novo quando perde o brilho e, mesmo se acidentado, pode ser totalmente reconstituído. Os donos de carros tornam-se semideuses, quase imortais. Assim, aos olhos de outros indivíduos, aquele sujeito de carro é muito mais apto a enfrentar as dificuldades da vida e, por isso, é o preferido para a cópula, procriação e sustento da prole. O carro é para o ser humano assim como um enorme leque colorido na cauda é para o pavão. Um artifício para chamar a atenção do sexo oposto, faze-lo admirar-se com sua aptidão. Ao mesmo tempo que os automobilistas ganham admiradores, os indivíduos sem carro passam a ser vistos como inaptos e incapazes. A potência e poder de alguém à pé ou numa bicicleta é tida como ridícula perto de uma pessoa num automóvel. Temos aí uma forte razão, talvez a mais forte, para o carro ter se tornado o tremendo sucesso que se tornou. Observe que esta razão nada tem de objetiva mas, apesar de sua subjetividade não podemos deixar de negligenciá-la. Se em todas as razões objetivas avaliadas o carro sempre sai perdendo para a bicicleta, somos obrigados a analisar a questão de um ponto de vista sistêmico.
  
             Existe uma outra possibilidade de motivação que leva as pessoas a preferirem os carros, tão sutil e subjetiva quanto a razão erótica, mas nem por isso deve ser ignorada. O automóvel moderno representa um enorme útero, uma célula de bem estar, um ambiente fechado, controlado, onde não entra estressores. Lá a posição é fetal de imobilidade, não se faz esforço físico, o banco é envolventee aconchegante, o contato físico é intenso e o motor é ronronante. Tudo muito semelhante ao útero materno, lugar de onde nós gostaríamos de nunca ter saído. Lá éramos felizes, tudo era agradável e sem esforço. Já aqui fora, somos obrigados a enfrentar os elementos da natureza e fazer esforço físico. Assim que saímos do útero materno nos sentimos desaconchegados e durante toda vida buscamos voltar para lá. O carro nos possibilita a exata sensação de retorno. O automóvel, com todos os seus atrativos de conforto, dá uma falsa sensação de segurança, aconchego, confiança, uma sensação de conforto absoluto, a sensação de proteção amorosa materna. Nós amamos o carro e nos sentimos muito bem dentro dele.
               Esta é outra razão também sutil, mas não menos poderosa, que habita o imaginário popular. Em todo continente americano, a diferença social é marcada pela atividade física. No início o continente foi povoado por escravos, trazidos da África aos milhares para trabalhar nas extensas terras do novo mundo. Uma pequena elite branca os dominava na ponta do chicote. Nesta época, nem muito distante no tempo, os brancos europeus que viviam no Brasil nem caminhavam, eram carregados em liteiras. Apesar de hoje esta imagem parecer absurda, pessoas ainda vivas, nossas contemporâneas, são filhas de escravos. Esta cultura escravocrata ainda povoa vivamente o imaginário popular. Para o brasileiro típico, trabalho braçal, desde o tempo da escravatura, é feito por pessoas que são vistas como inferiores, além de despossuídas e ignorantes. Tem origem, cultura e até a cor da pele diferentes. Assim, na nossa cultura, atividade física em público, que não seja para o lazer, é uma coisa desqualificada para pessoas diferentes. E é interessante observar que este não é um pensamento somente da elite privilegiada. Mesmo as pessoas despossuídas e ignorantes, pensam da mesma forma e lutam para deixar de fazer atividade física. Não é de admirar então que, coincidentemente, hoje em dia o automóvel é mais entusiasticamente louvado como base do transporte justamente nos países onde regimes escravocratas tiveram maior penetração.

Com a estabilização econômica na década de 90, o automóvel se tornou um câncer nas grandes cidades brasileiras: cresce muito rápido e se espalha por todos os lugares. Ele deve ser atacado e extirpado da área urbana, se não, ele a destruirá. Se fossem só um ou outro, os automóveis não seriam um problema, mas eles foram fabricados aos milhões. O transtorno causado pelo automóvel é tamanho que chega a ser escandaloso o tratamento condescendente que a população e, principalmente, o Estado reservam a ele. Chama atenção que nem democrático o automóvel é, pois distribui democraticamente somente os prejuízos, os benefícios são privatizados. As únicas qualidades que talvez o carro tenha sejam o conforto, a capacidade de carga, a relativa velocidade de deslocamento e o alcance que oferece. Todas qualidades que só o indivíduo dono do carro usufrui.

Os médicos cardiologistas há muito já perceberam que não adianta fazer pontes safena ou abrir novas vias para preservar a boa circulação das artérias, veias e capilares. Mesmo com varias intervenções cirúrgicas, as vias sempre voltam a bloquear completamente ou, pelo menos, retardar a circulação. O melhor tratamento sempre é a prevenção. Por isso eles recomendam aos seus pacientes que andem de bicicleta para estimular os órgãos envolvidos. Exatamente a mesma coisa os urbanistas tem que começar a fazer. Não adianta fazer novas pontes ou abrir novas vias. Mesmo com varias intervenções com obras urbanas, as vias automobilísticas sempre voltam a bloquear completamente ou, pelo menos, retardar a circulação. Para melhorar a circulação das vias arteriais, coletoras ou locais, os urbanistas tem que recomendar e estimular o uso da bicicleta para uma vida melhor do corpo da cidade.

Para que as grandes cidades sejam habitáveis e a vida no planeta prossiga, precisamos nascer. Admitir, finalmente, que devemos nos mexer, deixar um pouco o conforto dos diversos úteros que nos cercam e estamos acostumados. O esforço físico cansa momentaneamente, mas nos permite uma vida mais longa e produtiva. Este parto vai ser doloroso, como todos os partos, vai deixar traumas. Talvez até um pouco de sangue seja necessário ser derramado, mas a humanidade tem que aprender a enfrentar os elementos do meio ambiente com coragem. A bicicleta representa este nascimento.

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